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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Modelo de CAT

CAT 
(COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO)

A CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) é um documento que não aceita erros. Quando erramos no preenchimento acontece das duas uma: ás vezes o próprio sistema usado no preenchimento não aceita o item e temos que corrigi-lo ou a CAT vai para o INSS mesmo estando errada. Nesse caso, só podemos corrigir direto na agência do INSS.

Segurança do Trabalho

BERNARDINO RAMAZZINI  (1633 - 1714) 

Médico italiano nascido em Carpi, o pai da Medicina Ocupacional por ter escrito o primeiro tratado sobre enfermidades profissionais: De morbis artificum diatriba (1700), traduzida e editada para vários idiomas e, certamente, sua mais importante contribuição à medicina. Formado em filosofia e medicina em Parma, deslocou-se para Roma junto com Antonio Maria Rossi. Depois exerceu a medicina em Canino y Marta, no Ducado de Castro, até que contraiu malária (1663), voltou para sua cidade natal e permaneceu até a década seguinte (1676). 

Quase vinte anos depois (1682), convidado pelo Duque Francesco d'Esta, foi contratado como professor da Facultade de Medicina de Módena. Mudou-se para Pádua (1700) para ser professor de Prática médica, e nesta cidade veio a falecer vítima de apoplexia (1714), já octagenário. Durante sua vida escreveu largamente sobre medicina geral, clínica médica, epidemiologia, sanitarismo, meteorologia, ciências, filosofia, história, letras, poesia, literatura e artes e foi membro de várias sociedades e academias. Ao todo são conhecidos 16 conferências e 42 trabalhos científicos, incluindo sua obra prima De morbis artificum diatriba. 

Antes de escrever e editar sua obra-mor, ele visitou muitos centros de trabalho, onde observou os procedimentos e técnicas empregados, como também os materiais e as substâncias que se utilizavam nos processos produtivos. Além disso, também entrevistava e preguntava aos trabalhadores acerca das moléstias e enfermidades que lhes atacavam, como evoluíam etc. e relacionou os riscos à saúde dos trabalhadores ocasionados por produtos químicos, poeira, metais e outros agentes. Também elaborou uma grande pesquisa na literatura da época e exemplos do passado, fato notório pela grande quantidade de referências citadas em sua obra. Ao todo descreveu sobre 54 tipos de ocupações, especialmente dedicando-se às intoxicações químicas e aos desconfortos do ambiente de trabalho. Outros assuntos também preocupantes para ele eram a postura, sedentarismo e excesso de esforços. Assim, como clínico geral ele adentrou por diversas especialidades como Oftalmologia, Estomatologia, Dermatologia, Gastroenterologia, Hematologia, Neurologia, Pneumologia, Cancerologia, Ginecologia, Obstetrícia, além de Ergonomia, Biorritmo e os agentes físicos como Ruído, Calor etc. Para ele, porém, a pior enfermidade era a pobreza. Em Pádua lançou uma segunda edição ampliada com o título De morbis artificum diatriba / Nunc accedit supplementum … ac dissertatio de sacrarum virginum valetudine tuenda (1713). Este foi um dos trabalhos pioneiros e base da medicina ocupacional, que desempenhou um papel fundamental em seu desenvolvimento. Como médico foi um precursor no uso de cinchona, do qual o alcalóide quinino é derivado, no tratamento de malária durante suas pesquisas sobre a doença (1690-1695). Também desenvolveu importantes pesquisas em substâncias venenosas em determinados alimentos humanos e animais.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Curiosidade Animal

IRMÃOS CRUZAM E TIGRE BRANCO NASCE COM SÍNDROME SIMILAR À SÍNDROME DE DOWN

tigre_branco_down01_planeta_bicho (Foto: Divulgação/Turpentine Creek Wildlife Refuge)

Para atender a procura de parques e zoológicos por animais exóticos, um cativeiro particular nos Estados Unidos incentivou o cruzamento entre tigres brancos. Além de raros, eles eram irmãos e o resultado foi o nascimento de Kenny: o primeiro tigre com síndrome bastante similar à Síndrome de Down, nos seres humanos.

tigre_down02_plaeta_bicho (Foto: Divulgação/Turpentine Creek Wildlife Refuge)

Raríssimo, o animal sofre de problemas mentais e motores. Fisicamente, o tigre apresenta um focinho mais curto e achatado do que normal para sua espécie, além de olhos afastados, cabeça mais larga e dentição deformada.

tigre_down04_planeta_bicho (Foto: Divulgação/Turpentine Creek Wildlife Refuge)

A condição do bicho está intrigando estudiosos. Eles visitam Kenny com frequência para a realização de testes e exames.

O tigre resgatado hoje vive em um refúgio para animais selvagens, o "Turpentine Creek Wildlife Refuge", localizado em Eureka Springs, no estado de Arkansas.

tigre_down03_planeta_bicho (Foto: Divulgação/Turpentine Creek Wildlife Refuge)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Coisas Interessantes

18 INVENÇÕES INTERESSANTES


















Invenção

CANETA ESFEROGRÁFICA

A partir do funcionamento de uma rotativa, surgiu a caneta de esfera de metal. Barata e descartável, é hoje usada por milhões de pessoas em todo o mundo.

Num dia qualquer de 1937, o então revisor tipográfico Laszlo Biro, de 36 anos, foi à oficina do jornal em que trabalhava em Budapeste, na Hungria, para corrigir provas de página. Por acaso detevese a observar o funcionamento da rotativa. Chamou-lhe a atenção a maneira pela qual o cilindro se empapava de tinta e imprimia o texto nele gravado sobre o papel. Havia alguns anos, Biro sonhava criar uma caneta que não borrasse ou cuja tinta não secasse no depósito. Ele era mesmo dado a invenções: aos 17 anos, criou um tipo de máquina de lavar; aos 28, apresentou um sistema automático da caixa de câmbio dos automóveis.

Assim, ao observar a rotativa ocorreu-lhe que seria possível fabricar uma caneta baseada no mesmo processo, ou seja, que permitisse escrever por meio de um cilindro cheio de tinta. Com o irmão Georg, que era químico e o ajudou a conseguir uma tinta adequada, e o amigo Imre Gellért, técnico industrial, Biro levou adiante o projeto da revolucionária caneta. Após meses de trabalho, os três conseguiram criar um modelo em que a tinta molhava uma bolinha de aço por meio da pressão de um pistão de rosca sobre o reservatório de tinta. Surgia assim a caneta esferográfica - um dos inventos mais bem-sucedidos deste século, que como poucos se incorporou à vida diária de muitos milhões de pessoas.

Pode-se dizer que no mundo de hoje quem escreve, escreve com esferográfica: as clássicas, elegantes caneta-tinteiro de outrora são usadas apenas por uma minoria, até por uma questão de preço. Mas Biro teve de trabalhar muito para superar os inconvenientes da primeira versão de seu invento. A princípio, de fato, quando a pressão sobre o corpo da caneta era muito forte, a tinta e a bolinha de aço eram atiradas longe. De qualquer forma, já em 1938, a caneta esferográfica estava patenteada.

A partir de então. Biro passou a dedicar-se a comercializar a novidade. Um acaso iria ajudá-lo nessa empreitada. Certo dia, num balneário iugoslavo, ele escrevia com sua caneta esferográfica um telegrama na portaria do hotel onde estava hospedado. A caneta chamou a atenção de um senhor que se apresentou como engenheiro argentino. Depois de conversarem, o estranho sugeriu a Biro que se mudasse para Buenos Aires e ali aperfeiçoasse a caneta. Ao se despedirem, o senhor deixou com ele seu cartão. Na verdade, tratava-se de um ex-presidente da Argentina, o general Agustín Justo (1876-1943).

De volta à Hungria. Biro achou 3 melhor mudar de ares. No primeiro dia de 1939, desembarcava em Paris. Na França, continuou tentando vender sua caneta - mas sem muito sucesso. Com o início da Segunda Guerra Mundial, em setembro daquele ano, as coisas se complicariam ainda mais para o refugiado húngaro, Foi então que ele se lembrou do cartão do ex-presidente argentino e resolveu tentar a sorte do outro lado do Atlântico. O cartão ajudou-o a conseguir o precioso visto de entrada. Um amigo, Luis Lang, que havia emigrado anos antes mandou-lhe a passagem. Em agosto de 1940. Biro chegava a Buenos Aires.

Em sociedade com Lang, Biro montou então uma fabriqueta, que funcionava inicialmente numa garagem. Começava assim a produção industrial das canetas esferográficas. Depois de um tempo descobriu que a caneta não precisava de pressão para que a tinta molhasse a esfera de aço, o que simplificou bastante o modelo. Assim três anos depois de sua chegada a Buenos Aires, as canetas esferográficas - ou biromes, como ficariam conhecidas ali - apareceram nas lojas argentinas. Em agosto de 1944, a revista americana Time publicava uma nota sobre o invento lembrando que a birome era a única caneta que permitia escrever a bordo de um avião, por exemplo, porque a tinta não vazava.

A nota informava ainda que as Forças Armadas americanas queriam comprar 20 mil unidades. Pouco depois. Biro recebia da empresa americana Eversharp uma proposta de compra dos direitos da invenção para os Estados Unidos pela bagatela de 2 milhões de dólares. O húngaro fechou negócio e assim que a guerra acabou as esferográficas já faziam sucesso em Nova York. Os demonstradores de uma grande loja passavam o dia nas vitrines escrevendo em tanques de água para atestar as qualidades da nova caneta.

A moda da esferográfica pegou de uma penada - e veio para ficar. Hoje as mais populares são as tradicionais baratas e descartáveis. Sofisticadas ou simples o funcionamento das esferográficas baseia-se sempre no mesmo princípio: uma pequena esfera feita de metal (aço ou tungstênio) com 1 milímetro de diâmetro gira na ponta de um tubo contendo tinta. A esfera por sua vez, é presa em uma ponta metálica feita de latão. Uma boa esferográfica deve movimentar-se em todas as direções - algo que a pena da caneta-tinteiro não consegue. Ao deslizar pelo papel a esfera se move e suga a tinta do tubo que fica dentro do corpo da caneta. Para que a tinta não saia além ou aquém do necessário é preciso que a distância entre a esfera e a ponta metálica tenha a precisão de milésimos de milímetros.

Um dos obstáculos enfrentados por Biro para aperfeiçoar seú invento foi justamente a tinta que precisava ser suficientemente viscosa para não escorrer do tubo à esfera. Atualmente a viscosidade é obtida ou àbase de óleo - em que a secagem se dá pela absorção no papel - ou de um solvente como o álcool - em que a secagem se dá por evaporação. Uma esferográfica comum costuma ter de 0.5 a 1.5 mililitro de tinta. Mas os reservatórios de tinta de 1.5 ml precisam de uma tampinha e um respiradouro além de uma pequena quantidade de um líquido ainda mais viscoso, pois, sem isso e com o tubo fechado a tinta não flui pela esfera por causa da pressão. Por esse motivo há um furinho nos corpos das esferográficas comuns.

O diâmetro da esfera também varia: é isso que determina o tipo de escrita, mais grossa ou mais fina. Na década de 50, o tubo cheio de tinta viscosa com uma esfera de metal na ponta impressionou o barão Marcel Bich, dono de uma pequena fábrica de caneta-tinteiro na França. Bich comprou os direitos do invento e construiu um verdadeiro império com as esferográficas. As canetas do barão começaram a ser fabricadas no Brasil em 1961. De início, foram recebidas com certa desconfiança pelos consumidores acostumados à tradicional caneta-tinteiro. Temendo que se prestassem a falsificações, os bancos recusavam cheques assinados com esferográficas.

Nas escolas primárias, as professoras advertiam que, por deslizar com muita facilidade pelo papel elas atrapalhavam a alfabetização das crianças. A resistência dos bancos durou pouco. Nas escolas, embora não sejam proibidas, as professoras dão preferência ao lápis e à borracha. Nessa fase, as crianças não têm ainda o controle motor necessário para manusear uma esferográfica. Além disso, com o lápis, quando erram, podem apagar e escrever de novo. Mas desde o maternal a esferográfica serve para desenhar. Hoje em dia, os brasileiros compram 700 milhões dessas canetas por ano. E o húngaro Biro? Ele se naturalizou argentino e viveu em Buenos Aires até morrer, em 1985, aos 84 anos. No dia de sua morte, as papelarias portenhas hastearam a bandeira a meio pau.