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sábado, 29 de setembro de 2012

Vida e Obra

EÇA DE QUEIROZ

Eça de Queiroz (1845-1900) foi um escritor português. "O Crime do Padre Amaro" foi o seu primeiro grande trabalho, marco inicial do Realismo em Portugal. Foi considerado o melhor romance realista português do século XIX. Eça foi o único romancista português que conquistou fama internacional nessa época. Foi duramente criticado por suas críticas ao clero e à própria pátria. A crítica social unida à análise psicológica aparece também nos livros "O Primo Basílio", "O Mandarim", "A Relíquia" e "Os Maias".

Eça de Queiroz (1845-1900) nasceu no dia 25 de novembro, na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal. Filho do brasileiro José Maria Teixeira de Queiroz e da portuguesa Carolina Augusta Pereira de Eça. Passou toda sua infância afastado do lar paterno, era interno no Colégio da cidade do Porto. Ingressou em 1861 na Universidade de Coimbra, onde em 1866 se formou em Direito. Manteve ligação com Antero de Quental e Teófilo de Braga, a chamada "Escola Coimbrã".

Exerceu a advocacia e o jornalismo em Lisboa. Em 1867 dirigiu na cidade de Évora, o jornal de oposição O Distrito de Évora. Voltou para Lisboa e revelou-se como escritor no folhetim da Gazeta de Portugal. Em 1869, assistiu a inauguração do canal de Suez, no Egito. Em 1870, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão, escreveu o romance policial "O Mistério da Estrada de Sintra", e em 1871 "As Farpas", sátiras à vida social, publicadas em fascículos.
Eça de Queiroz profere em conferência o tema "O Realismo Como Nova Expressão de Arte", no Cassino de Lisboa, em 1871. Em 1873 ingressa na carreira política e em 1872 é nomeado cônsul em Havana, e em 1874 é nomeado cônsul na Inglaterra.

O romance "O Crime do Padre Amaro", publicado em 1875, foi o marco inicial do Realismo em Portugal. Nele, Eça faz uma crítica violenta da vida social portuguesa, denuncia a corrução do clero e da hipocrisia dos valores burgueses. A crítica social unida à análise psicológica aparece também no romance "O Primo Basílio", publicado em 1878, em "Mandarim", 1880, e em "Relíquia", 1887.

Em 1885 visita em Paris, o escritor francês Émile Zola. Casa-se com Emília de Castro Pamplona Resende, em 1886. O casal teve dois filhos, Maria e José Maria. Em 1888 foi nomeado cônsul em Paris, ano que publica "Os Maias". Nesse romance observa-se uma mudança na atitude irreverente de Eça de Queiroz Segundo o crítico João Gaspar Simões, o autor "deixa transparecer os mistérios do destino e as inquietações do sentimento, as apreensões da consciência e os desequilíbrios da sensualidade".

Surge então uma nova fase literária, em que Eça deixa transparecer uma descrença no progresso. Manifesta a valorização das virtudes nacionais e a saudade da vida no campo. É o momento dos romances "A Ilustre Casa de Ramires" e "A Cidade e as Serras", e o conto "Suave Milagre" e as biografias religiosas.

José Maria Eça de Queiroz morreu em Paris, no dia 16 de agosto de 1900.

Obras de Eça de Queiroz

O Mistério da Estrada de Sintra, 1870
 

O Crime do Padre Amaro, 1875
 

A Tragédia da Rua das Flores, 1877-78
 

O Primo Basílio, 1878
 

O Mandarim, 1880
 

As Minas do Rei Salomão, 1885, tradução
 

A Relíquia, 1887
 

Os Maias, 1888
 

Uma Campanha Alegre, 1891
 

O Tesouro, 1893
 

Adão e Eva no Paraíso, 1897
 

Suave Milagre, 1898 
 
Correspondência de Fradique Mendes, 1900
 

A Ilustre Casa de Ramires, 1900
 

A Cidade e as Serras, 1901, póstuma
 

Contos, 1902, póstuma
 

Prosas Bárbaras, 1903, póstuma
 

Cartas da Inglaterra, 1905, póstuma
 

Ecos de Paris, 1905, póstuma
 

Cartas Familiares e Bilhetes de Paris, 1907, póstuma
 

Notas Contemporâneas, 1909, póstuma
 

Últimas Páginas, 1912, póstuma
 

A Capital, 1925, póstuma
 

O Conde de Abranhos, 1955, póstuma
 

Alves & Companhia, 1925, póstuma
 

O Eggipto, 1926, póstuma

Informações biográficas de Eça de Queiroz:

Data do Nascimento: 25/11/1845
 

Data da Morte: 16/08/1900
 

Nasceu há 166 anos
 

Morreu aos 54 anos
 

Morreu há 112 anos


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